terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Proveta proveitosa

Defesa Civil usa garrafas pet como pluviômetros

       O Parque Portugal, em Valinhos, será o primeiro bairro no município a receber nesta sexta-feira, dia 8, um pluviômetro confeccionado com garrafa pet pela própria equipe da Defesa Civil do município, órgão da Secretaria de Defesa do Cidadão da Prefeitura. O material de plástico e baixo custo, ao ser transformado em pluviômetro, passa a ser um importante instrumento para que a Defesa Civil analise os índices de chuva no bairro considerado área de risco de deslizamentos de terra. Por determinação do prefeito Marcos José da Silva (PMDB), que desde 2005 tem dado atenção especial ao trabalho da Defesa Civil, o município é o terceiro do Estado a utilizar o pluviômetro com garrafa pet, depois de Campinas e Santo André que se inspiraram na Defesa Civil de Petrópolis, no Rio de Janeiro, precursora no uso da tecnologia desenvolvida pela USP (Universidade Estadual de São Paulo).
      Segundo o diretor do Departamento de Coordenadoria de Defesa Civil, Eduardo Matias, além desta primeira unidade a ser implantada no Parque Portugal, mais nove serão confeccionadas para instalação em outras regiões do município, como os bairros rurais Reforma Agrária, Macuco e São Bento do Recreio, além do Jardim do Lago, Jardim Pinheiros e Jardim São Marcos. “Este projeto permite o envolvimento das comunidades em ações preventivas da Defesa Civil. As unidades serão instaladas nos quintais das moradias, onde as famílias nos auxiliarão no acompanhamento das medições, passando por telefone diariamente os índices de chuva captados no recipiente”, explica Matias. Ele ressalta que antes desta iniciativa, o município utilizava somente um pluviômetro padrão, instalado no Parque Municipal “Monsenhor Bruno Nardini”, em 2005, para a medição.
      O diretor também destaca que os pluviômetros nos bairros serão grandes aliados da Defesa Civil para a análise do índice de chuva em diferentes localidades, o que permitirá uma avaliação mais precisa das condições dos solos. Ele diz que as medições, por exemplo, permitem estabelecer o volume da água de chuva, se a terra está muito encharcada e, desta forma, observar se há riscos de deslizamentos, especialmente em áreas de risco, como o Parque Portugal. “Neste bairro existem cerca de 200 moradias, com aproximadamente 1.200 pessoas, cujas construções ficam em áreas de barrancos. No caso do solo ficar extremamente encharcado, há a possibilidade de deslizamentos de terra. A nossa maior preocupação é com desabamentos e soterramentos de casas e consequentemente mortes”, afirma.
       Matias esclarece que a preocupação está baseada em estudo realizado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, que analisou áreas de riscos no município em 2005, a pedido da Defesa Civil, e considerou a probabilidade de deslizamentos no Parque Portugal. “Felizmente até o momento não tivemos ocorrências do gênero”, informa.
Orientação
       Além da instalação de um pluviômetro no bairro, serão intensificadas, a partir desta sexta-feira, dia 8, as orientações de prevenção de ocorrências junto aos moradores locais. Para isso, serão distribuídos panfletos com dicas para melhorar as condições das moradias, de atenção ao primeiro sinal de perigo e o que fazer diante de uma emergência, no caso ligar imediatamente ao Corpo de Bombeiros, para o 193; Defesa Civil, 199; Guarda Municipal, 153; e Polícia Militar, 190.

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